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Como desenvolver a inteligência emocional das crianças?

Atualizado: 10 de fev.

Utilizar livros sobre emoções parece ser um bom recurso para ajudar as crianças a reconhecer e lidar com seus sentimentos.


Ao ler sobre um personagem que enfrenta, por exemplo, a raiva, a criança pode lembrar-se dessa história quando vivenciar uma situação semelhante. Isso permite que ela se espelhe nas estratégias usadas pelo personagem para gerenciar suas próprias emoções.


Porém, o mais importante de tudo é a atitude de nós pais diante dos desafios que a criança enfrenta no dia a dia...medo, raiva, frustração. Menosprezar, gritar e ofender parece ser o caminho mais fácil para lidar com as explosões emocionais da criança. Mas não é o caminho de nutrição da mente em desenvolvimento.


O Dr. Siegel, um dos maiores especialistas do estudo da mente em desenvolvimento, nos oferece estratégias de como utilizar as interações do cotidiano em valiosos momentos para o desenvolvimento emocional e intelectual de forma saudável.

O Cérebro da criança















O conceito de integração cerebral, central no trabalho de Siegel, enfatiza a importância de integrar o pensamento lógico e as emoções.


O cérebro do andar de cima (parte lógica - cortéx pré-frontal) precisa se integrar ao cérebro de andar de baixo (centro das emoções - amígdala) para o desenvolvimento saudável e para isso o adulto responsável precisa saber como acolher as emoções e ao mesmo estimular a parte lógica da criança que ainda está em pleno desenvolvimento.


A saber, o cérebro do andar de cima, que toma decisões e equilibra as emoções, continua em construção até os 20 poucos anos de idade. Ou seja, se seu filho tem 3 anos, há muito caminho a ser percorrido para a integração lógica-emoções.

Então, não se surpreenda se ele chutar e gritar por não conseguir o brinquedo que quer. Isso não significa que você não vai intervir. A questão é como irá intervir.

Apenas gritar. Não faça isso. Ou dizer "sei que você quer muito o brinquedo, mas agora não vai ser possível, outra criança está brincando com ele, vamos brincar de outra coisa? o que acha de brincar de bola...mostre outras alternativas e deixe ele escolher .


Se precisar conter fisicamente para que ele não machuque ninguém, faça isso primeiramente. Mas não se esqueça de envolver o cérebro do andar de cima de seu filho, pedindo que ele pense, planeje e escolha.


Essa´é uma dentre várias estratégias que o Dr. Siegel apresenta em seu livro "O cérebro da criança". Ele oferece estratégias de intervenção conforme a idade e o contexto da situação, sempre baseando-se no conceito central da integração lógica-emoções.




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